quarta-feira, 26 de junho de 2013

Princípio de....



Após uma conversa, fui ver o significado de alguns sintomas, como por exemplo:

insônia

memória fraca
dificuldade de concentração
baixa resistência às doenças
palpitações cardíacas
ansiedade 
suores frios

Quase à um ano atrás que venho a ter estes sintomas, uns mais presentes que outros. Todos eles definem o Esgotamento nervoso. Posso dizer que aqueles que menos se dão, são os suores frios e baixa resistência às doenças. Já os outros e juntando o facto de querer estar em casa, desinteressada, e ás vezes ter pânico de sair de casa, (a sorte é morar no sítio em que moro), estão bem presentes!
Não vou afirmar que é mesmo um esgotamento nervoso, mas sim o princípio de um. Desde um ano para cá que ando a lutar contra estes sintomas porque não gosto de me sentir em baixo. Tento sempre esgueirar-me, ou mesmo adiar....mas chegou a um ponto que não consigo mais disfarçar. Já há muito que não consigo disfarçar, nem perante familiares e amigos e quem me conhece, percebe logo! 
Dói estar com a minha família e tentar rir e tentar brincar.... mas passo o tempo calada, como ali não estivesse. Dói estar com os meus amigos e querer rir, brincar, mas logo fico distante e calada porque não consigo puxar assunto interessante Prefiro estar calada do que ter conversa de "encher chouriços"!
Sempre que me sentia em baixo, recorria aos amigos e família, ou seja, inspirava fundo, concentrava-me e ignorava o que sentia e ia ter com eles como o intuíto de passar um bom momento para relaxar, falando, brincando, dizendo babozeiras...enfim, eu própria querer transformar o que tinha em algo bom. Sei que parece mal, usarmos os outros...mas o meu objectivo não era e é usar os outros e sim sentir um pouco de paz e harmonia, não sentir a guerra cá dentro....mas agora, mesmo que eu quisesse, já não consigo. Estou exausta!
Neste momento estou de férias...sabe bem. Sinto que o meu corpo está mais calmo e mente também, mas em contrapartida, sei que ainda estou negra. Só ainda não me isolei mais, porque acho que não é justo para quem gosta de mim, ou de estar comigo ou porque sente amizade por mim....mas têm sido uma guerra, pois algo pede isolamento total, e eu não quero que os outros levem com esta negritude. Creio que não cedo, porque tenho receio de me perder!
As razões porque me levaram a este estado, originam-se em base na parte profissional, não o trabalho em si, que até gosto, mas sim quem me rodeia e quem se cruza comigo, muito negro no ar.... 
A decisão já está tomada, mas o sentido de oportunidade é que está a demorar....mas está para breve! É difícil estarmos num sítio em que a nossa essência não se encontra mais nesse mesmo sítio!
Não é fácil tomar decisões tão simples....pesar na balança!
Neste momento tenho a noção que preciso que regressar a velhos hábitos, coisas de que me dão prazer, que me libertam e chatear menos os meus amigos, (que coitados, também têm as suas vidas e problemas, não é que eu também não esteja para eles, que estou), tentar conhecer novas pessoas e que valham mesmo a pena e fazer novas descobertas.

Sei que é uma fase, a qual não quero dar muito mais azo, porque cansa. E além disso, a minha mudança está a chegar e tenho que aproveitar!   

Automóvel, Ter ou não Ter...

Ter ou Não Ter automóvel?

Bem, nos dias de hoje....prefiro não ter!
Bem que me andam, quase sempre, abordar quando é que tenho um automóvel... ou que deveria conduzir senão perco a prática...blá,blá....
Não é que não dê razão, pois com um automóvel a pessoa fica independente em vários pontos. A questão não é que eu não gosto de conduzir, ou que tenha preguiça, pois sei que é aquilo que muitas pessoas pensam. Tenho 32 anos, tenho carta e não conduzo. Pois bem, aqui vai a resposta, tenho dinheiro para ter um carro e pagá-lo logo, sem empréstimos, mas eu pergunto e depois??... Pois não é só ter um automóvel, é sim depois estar a sustentá-lo e nos dias de hoje, a coisa não vai fácil! Neste momento, eu estou empregada, mas sei que não é certo e de hoje para amanhã fico sem trabalho e depois?? 
Além disto, estou numa cidade, que pouco ou mal, me proporciona uma rede de transportes que me dá acesso ao que eu quero, para onde quero ir e além disso, andar a pé nunca fez mal a ninguém. Eu vejo pelos que me são próximos, família, amigos, que andam sempre á rasca de arranjar estacionamento gratuito sempre que vão para o centro da cidade. E depois as filas, sem falar na má condução que existe em Lisboa. Não é o facto de não gostar de conduzir e sim o facto de não gostar de conduzir em Lisboa, pois é só stress, velocidade, desrespeito pelo código.... Sendo assim prefiro andar de transportes, (o que também têm as suas desvantagens).

Noto que quando uma pessoa adquire um automóvel, logo torna-se escrava deste. Não falo só em questões financeiras, mas sim na questão de vício. Parece que já não sabem ir algum lado sem ir de automóvel. Desde os meus 15anos que me metia nos autocarros e ia conhecer Lisboa, ficava a saber, a conhecer, via a cidade como ela é... e descobria com cada coisa :)
Por vezes fico triste quando preferem ir para sítios de carro, quando existe alternativa de ir e sem ter que o levar...
Ás vezes sinto-me á parte, seja com família ou amigos, quando combino algo e dou ideias e o pessoal não adere porque é longe...ou andar a pé.... é por isso que por vezes vou sozinha! Não é ser ingrata ou mázinha, ou criticar, mas quando vai-se de automóvel o pessoal tende a ir calado, pensativo e a pé ou de transporte não, fala-se, ri-se, brinca-se, dá-se a conhecer sítios em que o acesso é um pouco apertado, descobre-se aligo ali e acoloutro... Sinto que o pessoal relaxa mais.

Não gosto que pensem que lá por não ter automóvel eu esteja "á pala" de quem o têm. E não gosto, que quem o têm se sinta "obrigado", por uma questão de boa educação ou de cortezia, a dar-me boleia seja para onde for. Aprendi a desenrascar-me, nem que tenha que ir a pé para casa, lol. Não gosto de dar trabalho!

Não compro automóvel, por enquanto, porque tenho outras prioridades e quando sentir que estarei num momento mais estável, ai sim, irei comprar um ao meu gosto. Sim, sou esquizita com os automóveis. Tenho que me sentar num e dizer:" Gosto, sinto-me bem, é este que quero conduzir!"

Quero conduzir, ter um automóvel que digam: "É a cara dela". Quero ir a certos lugares, mas que não pensem que seja só por interesse meu. Sei que tendo o automóvel poderei fazer isso, ir com o meu automóvel até esses lugares e ao mesmo tempo dar a conhecer  á minha família e amigos.
Desde pequena que admiro aqueles turistas que vinham cá a Portugal, com as suas carripanas. Em que depois as encostavam e iam andar por Lisboa a pé ou noutra cidade do pais. Não eram dependentes do automóvel, e isso sempre admirei e identifiquei-me com tal acção.

Sei que ter um automóvel é importante, mas não quero que seja um vício ou uma prioridade.... Além disso, enquanto tiver em Lisboa, prefiro ajudar financeiramente, alguém que precise do que sustentar um automóvel, sabendo que depois terei que o deixar, por causa da actual situação em que se vive....

Sei quando irei ter um automóvel, no momento de que me for embora de Lisboa :)





sábado, 8 de junho de 2013

Verdade...



"Ana, diz sempre aquilo que sentes, não tenhas medo!"
Isto foi algo que algué mo disse.
Mas não sei até que ponto posso ser honesta mesmo. Isto é, dizer a minha verdade, a quem me pergunta ou a quem eu desejo partilhar.
Não sei até que ponto, a quem digo, esteja preparado/a para a ouvir.Tenho plena consciência que ao ser honesta na totalidade, isso faça que haja uma mudança de comportamento perante a minha pessoa. Admito que também aconteça comigo, afinal é algo nos pode apanhar de surpresa!
Todos nós temos a nossa verdade, aquela que realmente sentimos e que não é pensada ou sentida por outros e sim só por nós. Muitas das vezes negamos a nossa própria verdade ou podemos estar diante dela, mas não conseguimos alcançá-la, porque não sabemos como.
Não sou de expressar os meus sentimentos a toda a hora, seja por palavras ou por actos. Mas quando alguém se cruza na minha vida e sinto que veio acrescentar algo nela, não tenho medo de expressar o que sinto, o Amor que sinto...mas lá está, após de fazer isso, sinto que....estou na Terra, estou entre Humanos...e sinto que não devia ter feito. Não sei porque será não conseguir lidar com os sentimentos humanos ou vice-versa! Não sou mais ou menos do que alguém, apenas quero ser Eu.

Ontem, recebi um elogio, de um amigo....um elogio que gostaria de sentir mais vezes. Enquanto ele mo dizia, eu pensava o quanto se identificava comigo.
Ele disse-me que eu era uma pessoa, além de pequenina, bonita, era uma pessoa, a qual gostaria-se de conhecer, ou seja, em quer conhecer-se com tempo. E é isto que não sinto,neste momento e por isso retraio-me! Porque sinto que só me queiram ver e já que sou "porreira" dá para passar tempo.
Já me disseram também que era uma mulher misteriosa. Em certa parte concordo, pois não gosto de mostrar tudo!
Sempre me senti mal desde pequena, quando elogiavam a minha "pequena beleza"! Quando o faziam, agradecia, mas ficava triste porque não me viam e sim viam o corpo que me transporta. Não é ser mal-agradecida, até dou graças.... mas....!

Afinal qual é a minha verdade...?
Afinal devo dizer sempre a minha verdade, independente, da opinião, sentido, que venha depois?
Ou simplesmente guardo?

A Verdade...ouvir sobre nós e dá-la a quem desejamos que a oiça!


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Nada...



Nada...simplesmente nada!
Ando a contrariar algo em mim...não consigo adjectivar!
Não tenho forças para tal!
Sinto-me da mesma maneira quando entrei num sonho em que eu cai sobre uma rua cinzenta. Á medida que andava, vi pessoas que passavam por mim e tocavam-me, como estivessem a pedir-me algo... e os seus olhos nada tinham! Meu coração ficou acelerado, tudo tão cinzento, sem vida e frio. Comecei andar mais rapidamente mas essas pessoas vinham atrás de mim. Entretanto parei, olhei para cima e gritei que não queria ser assim e logo voei para o sítio que estivera antes de cair....

Senti medo, medo que me tornar assim, como aquelas pessoas....mas agora,ando a contrariar esse estado de espírito à meses....mas as forças andam a falhar....começo a render-me!
Estou numa rua, caminho sozinha, estico a mão para sentir que vai ser agarrada!

Só me apetece estar deitada, encolhida e mandar tudo ao ar. Desaparecer, aumentar a minha ausência!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um sonho contigo...



Noutro dia fiz algo que já não fazia á muito tempo...Estar á luz de uma vela, deitada e nua!
Relaxava ao som de uma música ambiental e familiar...Deixei-me levar pelas notas, pela melodia..sabia bem, muito bem. Uma pequena brisa fresca começou a percorrer o meu corpo nú, e aí é que foi....Parti para um sonho...

Um sonho, contigo. Dei por mim a sonhar contigo! Que aquela brisa seria as tuas mãos, que devagar e suavemente tocariam na minha pêle. Contornavam meu corpo.

De olhos fechados, sentia o um forte e aconchegante arrepio e quando os abri, vi-te. Teus olhos fixavam os meus.... tua boca tão perto da minha, parecia um íman. Por minutos assim ficaram...conseguia sentir a tua respiração e tu a minha. Atracção tornava-se forte e ambas bocas foram-se aproximando cada vez mais e quando os nossos lábios se tocaram, soltamos um forte e profundo suspiro...tão delicioso o toque, o sabor! Mal os nossos lábios se tocaram, pouco-a-pouco começaram a dançar. Ao mesmo tempo, tinha a minha mão no teu rosto e tu com a tua no meu. Aproximei o teu corpo mais perto do meu, queria dançar as minhas mão no teu corpo, sentí-lo.....sentir a tua pêle. As nossas bocas estavam viciadas, numa na outra... Demasiado Desejo, Carinho....Não era sexo que ali estava e sim algo, que para mim transcede a metafísica...

As tuas mãos corriam todo o meu corpo, tal como as minhas no teu e quando se encontravam, entrelaçavam os dedos. Cruzamos coxas, agarrava-se a coxa e apertava-la suavemente e intensamente sentindo a tua pêle mais próxima da minha...até que os meus lábios decidiram percorrer teu corpo, saboreando-o.... sentia o teu corpo a suspirar, a contorcer-se devido a tanto desejo, a tanta sensação, a tanta excitação....Ver-te a saborear tudo isso, o meu ser saboreava também. 

Apesar de todo o descobrir, todo o sabor, toda a palpitação, excitação, suor, intimidade....uma das coisas mais marcantes, foi o carinho,o aconchego, a cumplicidade, a intimidade, o desejo profundo, a partilha que senti naquele beijo...

E depois....fui acordando do sonho e sentindo ao mesmo tempo o sabor daquele beijo...

Acordei.... Acordei de algo que não passou de um sonho...