quarta-feira, 3 de junho de 2015

Sex Sense




Quantas vezes não queremos provocar o nosso corpo?
O que ele diz ou como reage ao desconhecido?
...tantas e tantas vezes..... e poucas concretizadas!
Enfim....

Noutra noite, fui ao encontro de uma festa. Na qual, os sentidos do corpo iriam despertar sensações, que iriam adocicar a alma.
Neste caso vou falar de mim, no lugar, no que senti e (re)-senti!
Fui para uma festa, tendo uma ideia subtil do que iria acontecer..... a curiosidade e a surpresa andavam de mão dadas em mim, no meu íntimo... Acontece o que terá que acontecer... principalmente sentir..isso é o mais importante.
Ao entrar no hall, deparei-me com as cores, a minha côr: Vermelho, uma mistura de antigo com moderno em termos de ambiente! 
Agradeci a bebida de boas vindas que me fora dada e segui caminho....um corredor comprido.... Foi ai que senti um arrepio e comecei num turbilhão de imagens na minha mente.... recordações distantes?..quiçá!
Ao decorrer no corredor e ao olhar para as portas, senti um ambiente extremamente familiar...nada daquilo me seria desconhecido no seu mais profundo significado. Ambiente descontraído, pessoas espalhando o seu charme, o seu sex-appel, o seu mistério... pelo vermelho corredor....e eu sentindo e recordando... Chegará à sala maior... o balcão moderno, onde serviam bebidas com o elixir espiritual. no seu oposto estava um baloiço no meio e a seu redor, sofás, antigo...onde o charme,a sedução estariam entranhados.
Predominei-me por algum tempo nessa sala, a absorver cheiros, sons e paladar através do cheiro.... e as memórias lá estavam a surgir da caixa, que deveria estar bem fechada.

..... as memórias, falemos delas....

A época.... Outra.... O que denuncia?.... a indumentária e os penteados....
Eles com a sua roupa elegante e as mulheres  semi-nuas com robes.. uns transparentes, outros de cetim, outros de seda.... indumentária erótica, sensual, entre corpetes, ou soutien e cuecas, ou só mesmo cuecas . Elas, sensuais mas mantendo a subtileza e discrição, como Leoas rondando as suas presas. E eles atrás delas, encantados, excitados.... suplicando por momentos de actos de penetração, despojando toda sua virilidade, mais do que máscula, virilidade animalesca. Suplicando pela sua submissão perante a perfeita beleza daquelas mulheres.
Cada divisão, dedicado ao desejo, ao erotismo, à sedução, à dominação e submissão.... gostos para tudo.
Deambulando de uma sala para a outra ia assistindo ao comportamento corporal tanto deles como delas.... o querer avançar mas ao mesmo tempo ao retrair até ao momento exacto de libertação total. Eu.... ali senti-me como uma espectadora...(afinal isto era o que se passava na minha memória intima.... mais conhecido por "dejá vú").
Ao longo dos minutos, das horas, ouviam-se risinhos, risos, gargalhadas provocadas por palavras ditas ao ouvido, provocadas por toques que causavam cócegas, ora em corpos esbeltos, ora corpos robustos...corpos, não interessa que tamanho eram.... ouviam-se os passos, ora apressados, ora suaves, ao longo do corredor ou de qualquer sala.... a imaginação começava a ganhar corpo....
Os aromas iam ficando mais intensos. O cheiro da sedução ganhava mais intensidade, através do toque entre os corpos, dos beijos suaves, da dança entre os corpos. O cheiro do sexo ganhava mais intensidade com o som de respiração forte e os gemidos intensos mas suaves, sons que pareciam ser levados pelo vento, para que se espalhassem.....
O cheiro do prazer ganhava mais intensidade quando os olhos, de quem assistia, à submissão do corpo ás cordas. As quais deformavam o corpo mas que provocavam uma dor prazerosa. Ganhava mais intensidade, quando um ser domina na totalidade o outro ser, tanto na dor como no prazer, atingindo patamar transcendente. Quem assistia, os seus olhos tornavam-se sedentos...mais e mais...o desejo de intensificar a dor era tão escabrosamente grande, que isso reflectia-se no brilho que invadia os olhos e na constante molha de lábios...demasiadamente escabroso aquele ambiente 

Eu, ali... assistir como fosse invisível....alimentando o meu ser com aquela intensa sexualidade, erotismo, sensualidade, passando pelas pessoas, beijando-as intensamente, sentido o sabor; tocando-as nos seus corpos desnudados, fazendo-as arrepiar, sentir.... penetrando-as, tanto eles como elas, com a minha língua e o toque suave das minhas mãos..provocando-lhes suspiros profundos e arrepios bem presentes.....

...... no presente momento......na festa.......

Eu, ali,.... o que mudará: as pessoas, o cenário, as situações.... excepto..... as sensações.... os desejos.... os sentimentos.... e o objectivo.... qual é? shiiiiiu.... isso fica para si!