terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Nada....
Adoro esta música...e neste momento tem todo o sentido!
Nada.....ás vezes é essa palavra que fica. Fica cravada, mesmo quando não queremos!
Sentir numa corda bamba.
Estar num meio de uma revolta de sentidos.
Estar presente tanto no passado como no futuro.
O que pensar...nada!
O que sentir...nada!
Qual reacção....nada!
Entre a Alegria e a Tristeza,
Entre o Brio e a decepção,
Entre o Sorriso e as Lágrimas,
Entre o Sentir e o Não...
a reacção...Nada!
Numa sala cheia de portas, de pessoas que nos são conhecidas, queridas, importantes, encontro-me. Pessoas, as quais admiro, amo, partilho o meu ser, em que rimos as gargalhadas, em que trocamos ideias, gostos, em que damos o ombro, limpamos lágrimas, partilhamos Amizade, Amor, Prazer, Desejo, Inocência...tantos conceitos.
Passo por elas todas, toco nelas, sinto-as e a música da vida toca a sua melodia continuamente.... a pouco e pouco, cada uma dessas pessoas dirige-se para cada porta, à sua escolha...e eu observo e observo.... e o que fica?
....Nada....Eu no meio do nada....
E o que me prende??... Nada!
Tudo podia me prender àquela sala, mas nada ficou para me prender. Mesmo aqueles que esperam algo de mim, um momento, uma noite, um prazer,verdadeiramente não me prendem àquela sala!
Mesmo que desejasse que algo que me prende-se àquela sala, nem que fosse por um momento, por alguém, por uma partilha de uma dança, por um abraço de minutos, por um beijo, sei que nada disso vai acontecer para me prender àquela sala!
Naquela sala só haveria algo que me prendesse por uns bons minutos e os quais não me importaria, mesmo sabendo que, consequente, ficaria sem mais nada. Algo tão simples, mas que nem sempre acontece....Um abraço em que me despi-se perante a alguém, a quem não me apetecia deixar de sentir. Se já aconteceu?...Sim já! E foi algo transcendente, profundo, libertador, amado. Alguém que me fez chorar de pura felicidade...Alguém que desperta todo o Amor, faz borbolhar esse Amor, alguém que me sentir eu mesma, e saber quem sou....Alguém que Amo liberadamente, mesmo, mas que não está aqui! Não, falo dum Amor humano, isto é, para ter uma relação amorosa.... É outro patamar!
Ao ver aquelas pessoas a dirigirem-se para as portas, abrirem-nas e entrarem, percebo que o nada ficou perante a mim. Algumas portas entre-abertas, mas na verdade, não posso entrar nelas, porque nada me diz e não vou ser desonesta e entrar por entrar!
Sendo assim, olho para a minha mão. Olho para a chave que está na minha mão e olho para a porta que está à minha frente.
Pé-ante-pé dirijo-me até ela. Levo a chave até a fechadura e ali fico a olhar para a fechadura e para a chave....Ali parada, coloco a chave na fechadura, olho para cima e os meus olhos agem por eles próprios, libertam as lágrimas. A minha garganta age por ela própria e obriga a soltar o grito....respiro fundo, abro a porta....ali estou...a um passo....de deixar aquela sala!
É claro que isto é uma metáfora do que se passa!... o que muda é o cenário, o pano de fundo!
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