sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Libertar (-me) Medo....



Parece que aqui, na vida, tudo é passageiro. A vida é vivida ou corrida; As pessoas cruzam-se. Umas vêm, entram, marcam a nossa vida e depois vão...mas outras ficam!
Apercebi-me, que desde tenho consciência, ou seja de pequena, que já tive inúmeras pessoas que se cruzaram comigo. Algumas marcaram ficaram e outras marcaram e...sabe-se lá! E devido ao facto de permitirmos que certas pessoas entram na nossa vida, porque sentimos uma empátia forte, que por vezes é igualmente recíproca, dámo-nos a conhecer aos poucos, ou seja, á medida que começa a existir uma cumplicidade e cria-se uma ligação, independentemente de que tipo.
Mas, por vezes e por circnstâncias da vida, essas pessoas poderão sair da nossa vida e dar-se um afastamento parcial ou definitivo....e depois, o que fica??
Devido a este facto, ao longo do tempo, sei que criei uma barreira. Dei-me demasiado, fui mal-interpretada, magoei-me e o resultado??
MEDO...
Medo de me dar a conhecer de extrema intimidade, de ter os mesmos actos afáveis que tinha para quem gostava e admirava, amigos e para quem gostava para ter relação.
O mais caricáto é que, por exemplo, mais depressa dou um beijo na cara a alguém que pouco me diz do que àqueles que me amo ou admiro. Porque será??...Medo que me denunciar, de denunciar aquilo que o meu ser sente na verdade??
Já houve pessoas que quiseram partilhar a sua cumplicidade e intimidade comigo, pois sentiam-se á vontade para tal coisa, algo que também desejado por mim, mas o meu medo fez com que tivesse uma reacção de ficar apática, do género:"Então não reages??", "Reacção fria...".
Sei que com esta reacção fiquei a perder, principalmente a capacidade de me entregar a quem eu sabia que podia. Esta minha reacção dá-se devido a algumas situações na minha vida, principalmente à situação de me ter apaixonado por quem não podia ter a não ser pela amizade e depois das circunstâncias da vida, perder essa ligação. Nunca é fácil, apesar de aceitarmos a situação, de estarmos ao lado de alguém que sentimos que podemos ser nós mesmos e que partilhamos gostos, ideias, hábitos, que nos fazem sentir bem e que, em contrapartida, esse alguém sente que estamos a ser recíprocos àquilo que nos dá, e termos que tranformar essa paixão em Amor de Amizade. E como remate final, existir um desencontro entre nós e mais tarde, dar-se uma separação em que a comunicação é escassa!
Defino este sentimento que me coloca dentro de uma vitrine, como Medo! O que é que eu faço??
Não é o medo de sofrer mas sim o de fazer sofrer! Ser mal-interpretada e de esperarem algo mais que aquilo que posso dar ou esperarem algo diferente do que estou a dar.
Arrependo-me que não ter sido mais amável para quem era e é para mim ou para quem queria sê-lo. Para pessoas que sabia que podia abraçá-las, entregar-me, partilhar a minha intimidade e cumplicidade e vice-versa...!
Mas o tempo não volta atrás, e sei que a vida pode proporcionar mais oportunidades para melhor este meu comportamento.

Não quero ser dominada por este Medo de não sentir o que dou...
Quero sim sentir o que dou e dar-me as pessoas que são amáveis comigo e que gostam de partilhar a sua cumplicidade comigo...


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