quinta-feira, 16 de julho de 2009

Decisões.....



A vida é feitas de decisões que tomamos, sejam elas boas ou más. Quando somos pequenos, os graúdos decidem o que é “melhor” para nós. Crescemos e começamos a decidir por nós mesmos. Muitas das vezes, antes de decidirmos o veredícto final pedimos uma opinião, á família, amigos, enfim a quem é nos próximos. Podem dizer sempre o que querem, mas no fim a última palavra é sempre nossa. Mas existe decisões que têm que ser reflectidas poderadamenrte e sem qualquer tipo de opinião, aquelas que interagem de uma forma profunda no nossa vida.

Nestes últimos tempos não têm sido fáceis para mim, saber lidar diplomaticamente com certas situações na vida. Ao contrário de muita gente, eu decidi levar com calma a minha vida. Sem fazer grandes planos. Tudo o que me rodeia só me transmite, medo, receio, viver tudo num só dia, ou seja, pressa de viver. Mas a final que tipo de vida as pessoas vivem actualmente? Trabalho, casa, casa, trabalho, centros comerciais, jardins, ginásios....vivem este tipo de coisas, mas não sabem apreciar realmente o que acontece nesses períodos com as pessoas que têm ao lado. Uns sabem, outros nem por isso. Uns vivem coisas não porque realmente gostam mas sim porque está na “moda” ou porque servem de escape para os problemas da vida.

Enfim, já não sei o que é viver isso. Olho para o meu trabalho, (não é o melhor do mundo) como hobbie da vida e a vida com hobbie do trabalho. Tento sempre tirar o melhor de cada. Muitas pessoas têm grandes empregos, ganham bem, algumas têm regalias outras não, mas quando muitas passam por mim não as vejo felizes e pergunto porquê? Se tem o que sempre quiseram...Simples, não sabem tirar partido do trabalho que têm. Como se faz?...é fácil, é só descobrir! Eu posso dizer que sei tirar partido de ambos, pois faço o que realmente quero fazer por saber que é bom para mim e que me facilita a vida.

Neste domingo que passou, estive entre amigos e conhecidos. Um almoço bem passado! Enquanto esperava e almoçava, olhava para meu redor e o meu ser inquietava-se por sair dali. Isso mesmo, queria ir embora...estava á boleia, mas a minha vontade era sair dali a pé e ir para Lisboa (estavamos na Lourinhã). Não me estava a sentir bem, nada me dizia! Sei que sou apontada e criticada, seja por palavras ou por olhares ou por acções, pela minha maneira de ser e de estar e sinceramente estou a sentir-me distante, cada vez mais. Já não me importa o que pensam e o que acham...podem falar, criticar, julgar, porque afinal o que tenho a perder?...se nada tenho! Foi nesse momento que decidi finalmente algo que já me estava a remoer á meses.... Sinto-me cansada, sinto-me triste quando estou acompanhada, sinto-me alegre quando estou só. Neste patamar da minha vida, cheguei á conclusão: Está na hora de voar...Vou para onde me sentir bem! Estar bem...está na hora do desapego final!

Chegou a altura em que o passarinho tem aproveitar as asas e voar ao encontro do seu rumo. Eu sei o meu e agora é começar a caminhar para ele...Provavelmente para quem me conhece será choque e provavelmente não irá acreditar, só vendo. Para mim, sei o que me vai acontecer por dentro e sei o que vou deixar para trás...mas prefiro pensar que o que irei deixar estará sempre perto de mim e prefiro pensar naquilo que poderei ganhar.

As decisões podem ser difíceis, mas não o são. São mais simples do que se imagina. Mas se soubermos que iremos ter sempre aquilo que amamos á nossa espera e saber retribuir, tudo é mais fácil...A minha decisão é o de voar, sabendo que irei a continuar Amar aquilo que deixarei para trás...

Está na hora, Sofia!


Como alguém que citou o último verso num poema dedicado a mim:“...quando notarem e não me virem, é porque não estou...é porque fugi”.

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