sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Relações supérfulas, para quê?


Sinto-me cada vez mais uma espectadora de novelas mexicanas ou venezuelanas :)
Sim, mas da vida real, é claro! Com tantos jogos, alguns ridículos, com tantos mal-entendidos, com intrigas, com um brincar de sentimentos, etc... que eu fico pasma com tudo.


Acho muita piada com as pessoas querem conhecer a outra e começam a falar dos seus "supostos" objectivos, das suas prioridades, do que "supostamente" querem de uma relação, etc... Saiem, uma, duas, as vezes que forem. Até ai tudo muito bem, a fase do "suposto" conhecimento.
Após essa fase vem a fase de assumir-se algo, ou uma relação mais séria ou não. E é ai que os reais objectivos virão ao de cima sem que os envolventes se apercebam. Sim, porque se alguém quer conhecer verdadeiramente a pessoa, só há duas maneiras: embebedando-a ou observando os pequenos gestos desta. Ao estar nesta fase, vê o que realmente as pessoas são: medrosas, inseguras até para com elas próprias. Isto porque tudo o que disseram na fase do conhecimento cai tudo por terra, isto é, nada o que disseram é o que sentem na verdade. E o que realmente sentem é insegurança, medo, egoísmo e muitas das vezes são egocêntricas. A estas pessoas, chamo-lhe de almas perdidas, pois não sabem para que estão aqui e nem aproveitam realmente o que vale a pena.

Sinto-me com sorte, pois sei o que quero nesta vida e existe uma coisa que não admito, perder tempo a querer construir uma relação com uma dessas almas perdidas. Sei o que realmente quero, sei o que quero dar, receber e principalmente partilhar. E de momento sei que não encontro alguém com essa capacidade (não querendo parecer arrogante), mas na verdade não vejo pessoa com a capacidade de decisão, determinação, segurança sobreaquilo que sente e quer. Sinto que teria que ser babysister de alguém! E mesmo que eu conheçasse com uma relação de amizade colorida, teria que, ao menos, haver partilha mútua de sensações, desejo, sentimento, prazer,excitação, etc...caso contrário, não quereria uma amizade colorida para sentir isso tudo o que referi individualmente. Eu dou muita importância á partilha, saber que o outro está a receber prazer que dou e a sentí-lo como eu também o sinto e recebo dele. Pois assim sei que estou a dar significado real ao prazer, ao desejo, ao sentimento, ou seja, não torno estes conceitos num buraco e sim engrandecer estes conceitos e outros mais.

Enquanto as pessoas não saberem realmente o que querem, defenirem bem o que sentem e o que querem, admitirem o que realmente querem, ou seja, serem sinceras para elas próprias e outrens e não terem medo de o serem, irão sempre dar vazio as coisas, sentir vazio, andarem a brincar com fogo e serem vitímas desse fogo, nunca irão sentir realmente o que é o maior e grandioso sentimento, Amor. Descansem que este não pede nada em troca, nem relação séria para quem não quer, não é uma prisão e sim pelo contrário, é um sentimento o qual torna as coisas simples e nos torna preenchidos a nível sensorial, sentimental e espiritual. E o que existe, entre outras coisas, é uma enorme partilha entre os envolventes.


Sinceramente com aquilo que presencio, cada vez mais defino a minha linha da vida, o que quero viver e sentir e excluir o que não me diz nada, de significado vazio. Não quero perder tempo com pessoas que tem medo de se entregarem a elas próprias e a uma relação construtiva. Não é fácil, não é, é certo! Mas quando não se tem nada a esconder, não há nada a temer!

E além disso sei que não quero começar uma relação na qual não irão saber diferenciar a minha arte da minha vida pessoal! Sim, pois terei que estar com alguém que goste da minha arte e saiba apreciá-la e que não a julgue ou não permite que isso interefira na vida pessoal, na intimidade da relação.
É muito engraçado conhecer alguém que faça um trabalho em qual expôe o seu próprio corpo e desenvolva trabalho, mas se começar uma relação com essa pessoa terá que ter estômago ou estofo para aceitar que essa pessoa com quem está ao lado continue a desenvolver o trabalho com a demonstração do seu corpo. E muitos não têm esse estofo, porque não sabem separar as coisas!

Por isso estou bem como estou, comigo mesma e com aqueles que amo e que me amam!

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