domingo, 17 de agosto de 2008

De mim mesma


Desde o momento em que nascemos até ao momento da nossa liberdade total(a morte) temos algo marcado como destino: nascimento, vivência e a morte...o que se irá acontecer entre estes 3momentos é da nossa total responsabilidade, ou seja, termos o livre arbrito de escolher o que é-nos mais propício para o nosso bem estar e ser mas sem prejudicar outrens.
Em 27 anos de existência tenho experiências minhas, do meu foro íntimo mas também experiências do foro de outrens. Pessoas que mostraram que, embora tenham errado, estavam dispostas para serem diferentes ao que eram e trabalhavam para tal..As histórias dessas pessoas existiam dois lados da balança, a sua auto-destruição e a sua auto-regeneração. Na primeira, "estórias" em que narravam a destruição de muita coisa através da degradação do protagonista. O protagonista deixa-se entrar numa linha de vida que mais tarde torna-se numa bola de novelo em que começa a existir várias pontas soltas em que a maioria não dão a lado nenhum e começa-se a sentir uma impotência de quer-se sair dali e não conseguir. Na segunda, "estórias" em que narram a regeneração de muita coisa através do renascer do protagonista. Em que este encontra a ponta que o levará ao caminho o qual precisa e entra nesse caminho e luta para ficar nele. Encontrando ou Reencontrando aquilo que realmente é importante para ele.
Já assisti a muitas metamorfoses ao longo desta minha pequena existência e muitas das coisas que sei hoje foram adequiridas assim...Não exprimentei certas coisas porque sei que são coisas que não vão ao encontro daquilo que sinto ou preciso e existem outras as quais não exprimentei porque não houve oportunidade ou mesmo espírito para tal..As coisas só acontecem quando tem mesmo que acontecer, é algo que acredito mesmo.
Nestes 27anos de existência, senti que 26 foram partilhados com alguém, viver algo que não era 100% meu...não me queixo! Mas vivi pequenos momentos que me foram pesados, os quais me ajudaram a ser forte não para mim mas em prol dos que amo. Mas aos meus 26anos, parece que houve um corte brutal na minha vida...uma pequena metamorfose em mim, comecei a sentir um despir de pele dentro de mim e ao mesmo tempo perdi coisas que pensava que ficaria com elas para todo sempre, coisas que pertenciam a essa pele que caiu, logo não seriam minhas num todo. Perdi e sei aquilo que perdi mas também sei aquilo que ganhei...Um novo começo, a minha verdadeira pele, o meu ser agora está livre, o que me vai proporcionar o facto de poder escrever o meu próprio livro de vida. E neste momento tenho a certeza que em primeiro pertenço a mim mesma, ninguém me pertece e eu não pertenço a ninguém.
O que tenho dentro de mim posso dar a quem precisar ou a quem quiser receber, sem idade, sem sexo e sem qualquer estatuto. Embora tenha que haver uma única coisa, a mais pura sinceridade, sem rodeios e incertezas..
Quero que sejam como são, que não sejam aquilo que gostariam que fosse pois isso é usar máscara e é algo que cai sempre um dia e quando cai a perda é maior do que o ganho. Aprendi a não ter medo de dar, mesmo quando o outrem não tem a nobre atitude de dar também. Porque quando dou não me custa nada e sinto-me bem em dar porque sei que aquilo que dei vai ser bom para quem dei. E fico na esperança que mo retribuem com uma semelhante atitude para outrem, não para mim mas para outrem que necessite tanto ou mais. Sim, é isto a minha retribuição, fazerem o mesmo que fiz não para mim mas para os outros.
Aprendi que o medo paraliza as pessoas de fazer o que gostam, de mostrar realmente aquilo que sentem (ninguém tem, apartida, a certeza absoluta das coisas isso adequire-se com o exacto tempo). o medo faz com que as pessoas tem a necessidade de criarem máscaras, porque assim acham que vão ter mais interesse para os outros. Enganem-se, pois essa atitude dura pouco tempo e depois quando cai o desinteresse é muito maior.
Aprendi que ainda há muito que viver e que sofrer...então que venham, pois estou aqui é para viver esta vida e aquilo que me irá acontecer será um complemento para o meu eu.
O que eu espero da vida é ....simplesmente vida no seu Todo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo texto!

T.