Tal como as aranhas, nós também temos que tecer a nossa teia. Algumas vezes paramos para ver se está tudo em ordem, olhamos com olhos de ver e quando notamos que algo está mal, o que fazemos??....simplesmente corrigimos e aprendemos e memorizamos o erro para não ser cometido novamente!
Todos os erros servem para nos darem sabedoria. Existem erros que só devem ser cometidos uma única vez, pois as consequências poderão ser bastante duras e longas e que mudam o trajecto da nossa jornada; e existem erros os quais demonstram que não estamos a ir no nosso caminho, embora não consigam mudar o trajecto da nossa jornada!
Eu olhando para a minha teia, senti que parte dela estava a ser partilhada até a um certo momento, depois começou a ser minha de vez!
Olhando e observando-a, vejo erros os quais assumo, mas que não prejudicaram o seu equilíbrio. Mas noto que existe um erro que põe ou não toda a sua existência....o lugar em que foi construída! A dúvida é se o sitio onde estou a construir a minha teia é o verdadeiro sítio! Neste momento estou parada num nó a reflectir sobre tudo, e mais recentemente, o que aconteceu!
Acontecimentos, os quais me libertaram e libertaram aquilo que devia libertar, e como acontecimentos que põe em causa aquilo que sinto!
À conclusão que chego é que estou a contruír a minha teia no local errado, pois sinto-me afastado do que rodeia....e provavelmente estou adiar uma mudança que deverá ser feita, senão....serei mais um número neste planeta! Outra conclusão, é que um dos sentimento mais duros e mais marcantes é a desilusão...encontramos pessoas que parecem acreditar tal como nós em coisas simples, descomplexas, partilhamos o nosso ser, sem qualquer tipo de egoísmo ou de cobrança, porque o que é vivido é saboreado e valorizado, mas depois.....ao que parece o nosso ser,simplesmente fora um encosto ou até mesmo uma pilha, pois enquanto tiver energia, sabe bem mas quando se acaba é posta de lado ou mesmo deitada fora!
Sinto-me tão distante dos mortais, embora haja alguns que me façam sentir daqui. O desejo de afastar-me é grande pelo que eu capto todos os dias, uma falta de côr e uma escravidão no ser, seja em termos materiais ou sentimentais!
Não consigo mais lutar contra ao que oiço dentro de mim. Oiço um pedido de Ausência perante tudo e todos, cada vez mais tenho menos a dizer a quem seja! E oiço um pedido de Presença, mas não sei onde, um local que me parece intemporal e infinito, tal como o céu, tal como a profundeza do mar! Tornar a minha presença mais escassa e tornar a minha ausência mais presente!
Neste momento oiço a música "Biking Home" de Lisa Gerrard e sinto estar perante a tal sol, perto do mar, um vento suave e sinto o meu corpo a ceder as ondas e mergulhar e saborear um dos momentos mais valiosos neste mundo!
Aqui despeço-me por agora, as palavras não saiem!